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CONECTANDO VOCÊ COM A DERMATOLOGIA VETERINÁRIA

Dermatologia veterinária pdf

Tenha acesso a um pdf sobre dermatofitose felina

Autor
Aline Elisa Santana

Orientador
Archivaldo Reche Junior

Banca examinadora
Aline Hoffmann
Carlos Eduardo Larsson
Matheus Costa

DERMATOFITOSE EM GATOS

Resumo da tese de doutorado FMVZ USP: Avaliação do microbioma cutâneo de gatos com dermatofitose pela técnica de sequenciamento de alto rendimento e caracterização de proteínas imunodominantes do Microsporum canis para o sorodiagnóstico da dermatofitose felina. Characterization of fungal and bacterial communities in cats with dermatophytosis using next-generation sequencing and characterization of Microsporum canis immunodominant proteins for serological diagnosis of feline dermatophytosis Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2021.  A dermatofitose é uma doença fúngica comumente vista no atendimento ambulatorial de felinos. A sua importância clínica e epidemiológica reside no fato de ser uma dermatopatia cosmopolita, infecciosa, contagiosa e zoonótica. Atualmente, o cultivo fúngico é a principal ferramenta de diagnóstico utilizada, porém a sua morosidade na emissão do resultado indica a necessidade do desenvolvimento de novas estratégias de diagnóstico. A aplicação de tecnologias de imunodiagnóstico, bem como tecnologias de sequenciamento da microbiota, tem um grande potencial para contribuir na identificação e desenvolvimento de novos alvos diagnósticos. O objetivo desse estudo foi identificar e caracterizar as proteínas imunodominantes do Microsporum canis para aplicabilidade no sorodiagnóstico da dermatofitose felina. Além disso, objetivou-se avaliar a composição e a diversidade das microbiotas fúngica e bacteriana de gatos com dermatofitose, gatos assintomáticos (carreadores de M. canis) e gatos hígidos. Para os ensaios de caracterização das proteínas de M. canis, foram colhidas amostras cutâneas e de sangue de 70 felinos: sintomáticos (n= 20), assintomáticos (n= 20), negativos (n = 20) e negativos heterólogos (n= 10). As amostras cutâneas foram submetidas à cultivos fúngicos para confirmação diagnóstica e subsequente extração de M. canis e as amostras de sangue foram avaliadas por Western blot uni e bidimensional. Para a realização dos ensaios de sequenciamento da microbiota, foram colhidas amostras cutâneas, pelos métodos carpete e escova de dentes, de 45 felinos: sintomáticos (n= 15), assintomáticos (n= 15) e negativos (n= 15). Essas amostras foram submetidas ao sequenciamento de alto rendimento na plataforma Illumina utilizando análise dos genes 16S rRNA e ITS1. Na avaliação bidimensional das proteínas de M. canis, foi observado que elas se encontravam majoritariamente na faixa de pH de 7 a 3. Ainda, o WB revelou um amplo perfil antigênico com proteínas variando de 150 a 20 kDa em peso molecular.  As proteínas de 30 e 42 kDa demonstraram intensa imunorreatividade em felinos sintomáticos e assintomáticos e baixa imunorreatividade nos negativos. O teste de Western blot conseguiu discriminar bem os gatos positivos dos gatos negativos para M. canis demonstrando elevados índices de sensibilidade (92,5%) e especificidade (90%) diagnósticas. Quanto aos resultados da análise de sequenciamento, foi observado que gatos sintomáticos e assintomáticos apresentaram um padrão  semelhante na composição e distribuição da microbiota. Adicionalmente, não foi observado diferença estatística na distribuição relativa do Microsporum entre esses grupos. Os resultados do imunodiagnóstico sugerem que as proteínas de 30 e 42 kDa apresentam elevada acurácia diagnóstica e podem ser utilizadas em teste de WB, bem como são potenciais candidatas à purificação e subsequente utilização em ensaios enzimáticos. Adicionalmente, conclui-se que a atividade proteolítica do M. canis possui maior ação em ph ácido. Em relação aos dados do sequenciamento, conclui-se que o desencadeamento da dermatofitose está mais relacionado a fatores intrínsecos referentes à imunidade do hospedeiro do que com fatores relacionados ao dermatófito ou com a distribuição/composição da microbiota comensal. Adicionalmente, conclui-se que embora o M. canis seja o agente causal e fator determinante para o desencadeamento da dermatofitose, sua ação isolada não é suficiente para desencadear a enfermidade.

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