A pele é uma orquestra em harmonia

Sempre que falo de saúde cutânea ou da microbiota da pele, gosto de usar a analogia de uma orquestra. E quando vi essa ilustração achei perfeita!

Assim como em uma orquestra, onde cada músico tem seu papel e todos precisam estar em sintonia, na pele cada célula e microrganismo também deve funcionar em harmonia.

Um “descompasso” nesse sistema, como um desequilíbrio da microbiota, pode comprometer não apenas a proteção da pele, mas também toda a sua função imunológica. Um exemplo disso seria a disbiose de comensais e a consequente diminuição de peptídeos antimicrobianos (AMPs), comprometendo tanto a resposta imune inata quanto a adaptativa da pele.

Na prática isso significa que tratar da pele é entender que cada camada da barreira cutânea (física, química, microbiológica e imunológica) importa.

Isso acontece quando controlamos a inflamação do cão atópico, quando fazemos o uso de produtos tópicos de qualidade, quando fazemos uso racional de antibióticos, quando fornecemos bom aporte nutricional e diversas outras estratégias que visam manter essa “orquestra” cutânea afinada.

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Sobre a autora

Dra Aline Santana é médica veterinária formada pela Universidade Federal de Viçosa, com residência em clínica médica de pequenos animais pela mesma instituição. Possui mestrado e doutorado em Ciências pelo Departamento de Clínica Médica da FMVZ/USP, com período de intercâmbio realizado no exterior (University of Minnesota, Estados Unidos). Desde 2012, Dra. Aline Santana é sócia da Sociedade Brasileira de Dermatologia Veterinária (SBDV). Durante o período de 2015 a 2021, atuou como diretora de mídias e colaboradora da SBDV.