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Transplante de microbiota fecal para o tratamento da dermatite atópica canina

Atualizado: 22 de jun. de 2023

Transplante de microbiota fecal

O transplante de microbiota fecal (TMF) é um procedimento terapêutico no qual a microbiota intestinal saudável de um doador é transferida para o intestino de um receptor com o objetivo de estabelecer a diversidade bacteriana e a função normal do microbioma intestinal.


Benefícios terapêuticos do TMF

Embora os mecanismos exatos do TMF ainda não sejam totalmente compreendidos, estudos em humanos demonstraram que ele é capaz de corrigir a disbiose intestinal, restaurando a diversidade e a função da microbiota intestinal. O TMF é realizado com o intuito de restabelecer ou modificar a composição da microbiota intestinal do receptor, visando a obtenção de benefícios terapêuticos. O procedimento pode ser realizado por meio de diferentes vias, como a via oral (cápsulas contendo as fezes processadas), a via retal (enemas), etc.


Ao restaurar o equilíbrio da microbiota intestinal, o TMF pode ter efeitos positivos em uma variedade de condições, incluindo doenças gastrointestinais, inflamatórias e metabólicas. Além disso, pesquisas recentes têm explorado o potencial do TMF como uma abordagem terapêutica para condições extra-intestinais, como alergias e outras doenças dermatológicas.


TMF para o tratamento da dermatite atópica canina

Em um estudo recente, realizado com o objetivo de investigar a relação entre a microbiota intestinal e a dermatite atópica canina (DAC), foram analisadas amostras de 12 cães com DAC e 20 cães saudáveis. Além disso, para avaliar a eficácia do transplante de microbiota fecal (TMF) como uma possível abordagem terapêutica, foi realizado um ensaio clínico com os 12 cães com DAC.

TMF e dermatite atópica canina
TMF e dermatite atópica canina


Microbiota intestinal e TMF

Utilizando técnicas de sequenciamento do gene 16S rRNA os pesquisadores identificaram diferenças significativas na composição da microbiota intestinal de cães com DA e cães saudáveis. Além disso, após TMF, houve uma diminuição significativa nos sintomas clínicos da DAC, como a gravidade da lesões e o prurido.


Considerando que este estudo teve um período de observação relativamente curto (56 dias) e foi realizado como um ensaio piloto, é necessário realizar estudos adicionais para investigar os efeitos a longo prazo de um único ou múltiplos FMTs orais em uma amostra maior de cães com DAC.



Sobre a autora

Dra Aline Santana é médica veterinária formada pela Universidade Federal de Viçosa, com residência em clínica médica de pequenos animais pela mesma instituição. Possui mestrado e doutorado em Ciências pelo Departamento de Clínica Médica da FMVZ/USP, com período de intercâmbio realizado no exterior (University of Minnesota, Estados Unidos). Desde 2012, Dra. Aline Santana é sócia da Sociedade Brasileira de Dermatologia Veterinária (SBDV). Durante o período de 2015 a 2021, atuou como diretora de mídias e colaboradora da SBDV.



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